A folga para doação de sangue é um direito garantido por lei a todo trabalhador formal no Brasil. Muitos ainda desconhecem esse benefício, mas ele é essencial tanto para incentivar a solidariedade quanto para preservar a saúde de quem doa.
A legislação trabalhista brasileira prevê que, ao realizar uma doação de sangue, o trabalhador tem direito a um dia de folga remunerada.
Esse direito está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas é importante conhecer os detalhes para garantir que ele seja corretamente aplicado.
Para entender tudo detalhadamente, continue a leitura.
O que é a folga para doação de sangue e porque ela existe?
A folga para doação de sangue é um direito trabalhista concedido ao funcionário que realiza uma doação voluntária.
Assim, é uma dispensa remunerada de um dia, sem prejuízo do salário ou desconto de banco de horas. Essa folga visa garantir o bem-estar do doador e estimular esse gesto humanitário.
O objetivo principal da lei é incentivar a doação de sangue de forma voluntária e segura. Além disso, doar sangue exige cuidados com a saúde antes e depois do procedimento, por isso o descanso após a doação é tão importante.
Com isso, tal benefício ajuda a manter os estoques de sangue sempre abastecidos.
A legislação também cumpre uma função educativa. Ao reconhecer a doação de sangue como um ato de responsabilidade social, a lei promove a cidadania ativa. Isso fortalece a cultura da solidariedade no ambiente de trabalho e na sociedade como um todo.
O que diz a legislação sobre a folga para doadores de sangue?
O artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece os casos em que o trabalhador pode se ausentar do serviço sem prejuízo do salário. No inciso IV, está previsto que o funcionário pode faltar um dia por ano para realizar a doação de sangue devidamente comprovada.
Portanto, a sua redação diz que:
“Art. 473 – O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
[…]IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
[…]”Vale ressaltar que esse dia de folga deve coincidir com a data da doação. Para isso, o trabalhador deve apresentar um comprovante emitido pelo banco de sangue ou hospital onde realizou o procedimento.
Com isso, o empregador tem a obrigação legal de liberar a ausência e manter o pagamento normal do dia.
É importante destacar que o direito à folga para doação de sangue é válido apenas uma vez por ano, conforme a legislação atual. Então, doações feitas em outros momentos do ano não garantem novas dispensas, a menos que haja acordo ou convenção coletiva que estipule o contrário.
Diferenças entre setor público e privado
No setor privado, a aplicação do artigo 473 da CLT é direta e obrigatória. Assim, as empresas devem liberar o funcionário mediante apresentação do comprovante da doação. Dessa forma, não há margem para contestação, a menos que haja tentativa de fraude ou descumprimento das regras.
Já no setor público, o direito também é assegurado, mas pode haver variações conforme o estatuto de cada órgão. Alguns entes federativos, como prefeituras e estados, possuem normas próprias que até ampliam esse benefício. Por isso, é importante consultar o regulamento interno.
Além disso, alguns órgãos públicos permitem mais de uma folga por ano, especialmente em campanhas específicas. Nesses casos, os servidores públicos têm mais liberdade para contribuir com os bancos de sangue, desde que haja autorização da chefia imediata e previsão legal.
Perguntas frequentes sobre folga para doação de sangue
Posso ir trabalhar depois de doar sangue?
Sim, você pode ir trabalhar após a doação, mas isso não é obrigatório. A legislação prevê a dispensa do dia inteiro, justamente para que o doador possa se recuperar e evitar qualquer esforço físico.
No entanto, se você se sentir bem e optar por retornar, não há impedimento legal.
É importante avaliar seu próprio bem-estar. Após a doação, é comum sentir cansaço ou tontura, especialmente se não tiver se alimentado adequadamente.
Por isso, a folga serve como uma medida de precaução, e é recomendável aproveitá-la para descansar.
Quantas folgas por ano para doação de sangue?
A legislação trabalhista assegura uma folga por ano para doação de sangue. Essa regra está expressa no artigo 473 da CLT. Portanto, mesmo que o trabalhador deseje doar mais vezes, a dispensa remunerada só poderá ser utilizada uma vez a cada ano.
No entanto, empresas ou sindicatos podem estabelecer normas mais generosas em acordos coletivos. Em alguns casos, é possível conseguir mais de uma folga, especialmente se houver incentivo interno à doação ou parcerias com bancos de sangue.
Se o trabalhador doar sangue novamente no mesmo ano, ele poderá fazê-lo em seu tempo livre ou solicitar outra folga, que pode ou não ser concedida. A decisão fica a critério do empregador, salvo se houver previsão contratual específica que diga o contrário.
Portanto, o RH pode incentivar as doações, argumentando que além de contribuir com a saúde de outras pessoas, o colaborador também tem direito à sua folga de doação de sangue.
Como controlar as folgas dos colaboradores?
Independentemente do motivo, gerenciar as folgas dos colaboradores com precisão é essencial para manter a organização do setor de RH e garantir que os direitos trabalhistas sejam respeitados — como a folga anual para doação de sangue prevista na CLT.
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- Visualização clara do histórico de folgas, o que evita erros como concessões duplicadas ou esquecimentos;
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