A relação entre educação financeira e desempenho profissional é bastante evidente. Quando o colaborador enfrenta dificuldades econômicas, isso impacta diretamente sua motivação, produtividade e bem-estar no ambiente de trabalho.
Com o aumento da oferta de empréstimos consignados e o crescente endividamento da população, o RH precisa estar atento. Além de orientar sobre finanças pessoais, o setor deve entender o funcionamento desse tipo de crédito, as regras e os riscos envolvidos em fraudes ou autorizações indevidas.
Este artigo mostra os principais pontos que o RH deve considerar sobre educação financeira nas empresas e empréstimos consignados. Confira!
Benefícios da educação financeira empresarial
Redução do estresse financeiro e aumento da produtividade
Quando as pessoas estão endividadas tendem a apresentar altos níveis de estresse, o que afeta diretamente sua concentração e desempenho no trabalho.
Em contrapartida, quando recebem orientação sobre planejamento financeiro, conseguem organizar melhor suas contas, reduzir dívidas e lidar com o salário de forma mais saudável. Isso se reflete em um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo.
Diminuição da rotatividade e absenteísmo
Com a implementação de programas de educação financeira nas empresas, os colaboradores percebem que a organização se importa com o seu bem-estar e qualidade de vida.
Dessa forma, fortalece o vínculo empregatício, diminui a rotatividade e evita perdas com desligamentos frequentes.
Reforço da cultura organizacional e da imagem da empresa
Quando os valores institucionais são colocados em prática por meio de ações concretas, como a capacitação financeira, há um fortalecimento da identidade organizacional e maior senso de pertencimento por parte dos colaboradores.
Além disso, a educação financeira contribui para a construção de uma imagem positiva da empresa, tanto internamente quanto no mercado, tendo em vista que são percebidas como socialmente responsáveis e preocupadas com a qualidade de vida de seus funcionários.
Como ajudar o colaborador com educação financeira
Muitos colaboradores sentem vergonha ou desconforto ao tratar de suas dificuldades financeiras. Portanto, o primeiro passo é criar um ambiente seguro para falar sobre dinheiro.
Para isso, o RH pode promover palestras, rodas de conversa e consultorias individuais para quebrar esse tabu e abrir espaço para o aprendizado.
Além disso, é essencial oferecer conteúdos relevantes e acessíveis, como apostilas, e-books, vídeos e podcasts sobre temas como orçamento pessoal, uso consciente do crédito e investimentos.
Quando os funcionários percebem que podem crescer profissionalmente e melhorar sua vida financeira ao mesmo tempo, o engajamento e o comprometimento com a empresa aumentam de forma significativa.
Empréstimo consignado: quais são os direitos e deveres do trabalhador
O empréstimo consignado é uma linha de crédito com desconto direto em folha de pagamento.
Por isso, apresenta taxas de juros mais baixas que outros tipos de empréstimo. O colaborador tem o direito de buscar essa modalidade, mas também deve entender que a parcela será descontada automaticamente de seu salário todo mês.
Vale ressaltar que existem limites para o comprometimento da renda. Por regra geral, o trabalhador pode comprometer até 35% de sua remuneração mensal com empréstimos consignados, sendo 30% para empréstimos e 5% para cartão consignado.
Ultrapassar esse limite não é permitido por lei, mesmo com consentimento do trabalhador.
Cabe ao RH garantir que todas as informações estejam claras para o colaborador. É fundamental orientá-lo sobre prazos, valores, taxas de juros e o impacto que isso terá no seu orçamento.
A empresa pode servir como mediadora, mas jamais deve induzir ou intermediar diretamente o crédito sem o consentimento formal do funcionário.
Empréstimo não autorizado pelo colaborador: como evitar fraudes e proteger sua empresa
Infelizmente, casos de fraudes envolvendo empréstimos consignados continuam crescendo. Muitas vezes, golpistas utilizam dados do colaborador para solicitar crédito sem autorização.
Quando o desconto chega na folha, o trabalhador só descobre o golpe ao receber o contracheque, causando desconforto e um problema para o colaborador resolver junto à empresa.
Para evitar esse tipo de problema, o RH deve adotar medidas preventivas. Entre elas, destaca-se o controle rigoroso das autorizações, com coleta de assinatura digital ou física e validação junto à instituição financeira.
Também é essencial comunicar aos colaboradores que qualquer oferta de crédito deve ser tratada com cautela.
Do ponto de vista jurídico, a empresa pode ser responsabilizada se o desconto for feito sem comprovação de autorização do colaborador. Portanto, ter um processo transparente e seguro protege a organização contra ações trabalhistas e reforça a confiança dos funcionários no setor de Recursos Humanos.
Portanto, cuidar da educação financeira do colaborador é também cuidar do desempenho e da reputação da empresa, ensinando sobre temas como empréstimo consignado e boas práticas financeiras.
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