O ambiente de negócios nos dias de hoje está impactado pelo contexto de mudança provocado pelas novas tecnologias. As empresas precisam de estratégias que vão além do comum e de respostas originais para se adequarem a situações inesperadas. Por isso, elas sentem cada vez mais a necessidade de uma liderança criativa.
Inegavelmente, de nada adianta adotar as mais modernas práticas de gestão, com o apoio das melhores ferramentas, para fomentar criatividade e inovação se a liderança ainda estiver aprisionada por fórmulas convencionais ou até mesmo ultrapassadas.
O que é a Liderança Criativa?
A ideia de Liderança Criativa surgiu em 2000, do trabalho de dois pesquisadores da Escola de Negócios da Universidade de Manchester, Inglaterra: Tudor Rickards e Susan Moger, ou Rickards e Moger (R&M).
Eles a desenvolveram a partir do acompanhamento de duas mil equipes de trabalho em diferentes empresas, de pequeno, médio e grande portes, além de organizações governamentais e não governamentais, em 40 países.
Na pesquisa, eles identificaram que a Liderança Criativa é “um processo que muda o comportamento criativo da equipe de inaceitável para aceitável, e de aceitável para superior, através da introdução de estruturas ‘benignas’, enfatizando a cooperação (e não a coerção) e a mutualidade (situações que beneficiem o grupo e o líder ao mesmo tempo) (R&M, 2000).”
Para saber mais sobre este conceito, você pode ler o estudo “Análise do modelo de liderança criativa de Rickards & Moger”, dissertação de Mestrado de Jorge M. V. Caetano Jr., da Universidade de Maringá/PR.
Qual é o papel do Líder Criativo?
Para cumprir esta missão, o líder criativo precisa incentivar a disrupção e a inovação da sua equipe, em detrimento de valores tradicionais, como foco e competitividade.
As empresas mais inovadoras do mundo, como Apple e Google, mostram que este incentivo ajuda a potencializar os resultados. Isso porque os líderes aprendem continuamente a estimular a criatividade e motivar os seus liderados.
Em outras palavras, eles estão sempre abertos à imensa variedade de ideias que surgem no mercado, como tendências, tecnologia e cultura.
Outro papel importante do líder criativo é buscar um constante equilíbrio para escutar e conciliar as ideias com os membros da equipe.

Veja as 5 habilidades mais exigidas pela Liderança Criativa
Sem dúvida, os líderes sempre encaram desafios complexos e dinâmicos nas empresas. Problemas que vão desde lidar com a gestão de pessoas até tomadas de decisões estratégicas sobre mercados, recursos tecnológicos, causas sociais e ambientais, por exemplo.
Para dar um tratamento criativo a tudo isso, o líder precisa de determinadas habilidades comportamentais e técnicas, gerando ideias inovadoras, que serão avaliadas e, posteriormente, adicionadas aos planos de ação. Vamos ver algumas delas:
1 – Inteligência Emocional
É necessário um certo nível de inteligência emocional para que o líder seja capaz de compreender e controlar não só as suas, mas também as emoções das pessoas envolvidas no processo criativo.
Dessa forma, é possível também utilizar as emoções para ajudar na tomada de decisão e no comprometimento da equipe, impactando positivamente o resultado do trabalho. Uma vez que pessoas bem humoradas e com bons sentimentos costumam ser mais criativas.
Portanto, fica fácil entender porque líderes com maior inteligência emocional são capazes de produzir níveis mais elevados de criatividade na empresa.
2 – Conhecimento Técnico
Não basta tirar ideias do nada. Um líder criativo precisa ter domínio técnico associado à capacidade de envolver as pessoas, além de anteceder cenários, planejar soluções e gerenciar crises.
Líderes com mais experiência e conhecimento em suas áreas específicas possuem um rico repertório, o que lhes permite reconhecer rapidamente os problemas e apresentar desfechos mais criativos.
Em suma, eles demonstram ser mais bem orientados para ações inovadoras.
3 – Receptividade
Ao mesmo tempo, conhecimento não renovado pode criar modelos mentais obsoletos. Portanto, outra condição essencial é a abertura para o aprendizado, buscando novas oportunidades.
Há nos líderes criativos uma certa curiosidade intelectual ávida por novas experiências.
Isto é, a inovação depende de uma forte relação entre receptividade e criatividade.
4 – Tolerância
As ambiguidades e discordâncias são inerentes ao processo criativo. Por isso, os líderes precisam ser tolerantes ao lidar bem com elas.
Geralmente, demonstram ser mais capazes de abraçar a incerteza, porque são mais flexíveis e adaptáveis a problemas inesperados.
Além disso, a tolerância é uma proteção contra eventuais crises e estresses relacionados às posições assumidas pela liderança.
5 – Hábitos Criativos
O exemplo educa. Por isso, o líder criativo precisa ter práticas coerentes. Muito pode ser feito para desenvolver nossa criatividade.
Uma boa dica é mudar a rotina e o ambiente vez por outra ou fazer pausas breves para arejar. Pode-se também mudar o foco, por algum tempo, e depois voltar ao ponto. Uma boa possibilidade ainda é compartilhar o problema com alguém de fora, sem relação direta com o problema.
Nunca deixe de valorizar o erro e a tentativa, fazer brainstorming, buscar ideias espontâneas. E, mais importante, abandone a perfeição, porque ela nos paralisa.
Como aplicar a cultura da Liderança Criativa na sua empresa
Se o capital humano da empresa está evaporando, ou seja, tem alto turnover ou rotatividade de pessoal, fique atento. Isso pode estar associado à falta de motivação dos colaboradores.
Quando a competitividade fica excessiva e deixa de ser positiva para se tornar tóxica, quando a fofoca gera desconfiança, se eles não reagem bem às novidades e se esquivam da participação nas decisões, ligue o sinal amarelo.
Quando estas situações levarem à redução de produtividade, acenda a luz vermelha.
O primeiro passo é fazer um profundo diagnóstico para entender o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho.
Como usar dados para gerenciar pessoas?
Anteriormente já dissemos que a Liderança Criativa também precisa de conhecimento técnico. Nesse caso, podem ser feitas análises a partir dos registros da própria empresa, como folha de pagamento, marcação de ponto, índice de rotatividade, entre outros.
São dados reais que o líder criativo transforma em informações confiáveis para tomadas de decisões estratégicas.
Softwares de gestão de ponto, como a Ponto Icarus, são importantes ferramentas de monitoramento, além de permitir a realização de enquetes para avaliação dos gestores.
Sem dúvida, os colaboradores são o coração da empresa e seu recurso mais valioso. Portanto, é imprescindível saber o que os torna motivados e mais produtivos.
O passo a passo para implementar a Liderança Criativa
Depois do diagnóstico realizado, inicie o processo de mudança para aplicar a cultura da Liderança Criativa na sua empresa:
Primeiramente, pergunte sempre “o porquê”.
Não aceite frases como “sempre foi assim” ou “para que mudar?” A liderança criativa garimpa ideias diferenciadas, ao mesmo tempo em que pergunta sobre novos os resultados e melhores caminhos para implementá-las.
Em segundo lugar, teste e aprimore.
Boas ideias no papel não resolvem nada. Coloque-as em prática. A liderança criativa sempre experimenta coisas novas para aperfeiçoar processos e melhorar resultados.
Verifique se as pessoas estão entendendo.
Comunique-se com clareza. Procure explicar o que é esperado da equipe, transmita feedbacks precisos e promova melhorias não só no processo de comunicação da empresa, mas também dos colaboradores.
Por último, invista em inovação.
Para transformar novas ideias em melhores resultados é necessário construir e consolidar uma cultura de inovação na empresa, envolvendo todos os níveis hierárquicos. O caminho é capacitação e engajamento.

Conclusão
Sabemos que a Liderança Criativa surgiu como um diferencial competitivo. Porém, hoje em dia caminha a passos largos para se tornar indispensável, na medida em que novos desafios nos são colocados a todo momento.
Então, não deixe de utilizar a tecnologia a seu favor. Ferramentas como a Ponto Icarus são importantes para dar suporte, gerenciando o fluxo de trabalho, criando tarefas, distribuí-las para o time e ainda conferir vários tipos de relatórios.
Empresas não orientadas por criatividade e inovação estão em sério risco de serem vencidas pela concorrência.