É muito comum encontrar empresas que visivelmente estão rodando sem rumo, não sabem o que fazer, nem aonde querem chegar. Um dos principais motivos para isso é a falta de uma clara definição da Cultura Organizacional, ou seja, sem uma visão clara de presente e de futuro, os processos internos e externos ficam à deriva.
Assim, não é exagero dizer que a Cultura Organizacional é tão importante quanto o Planejamento Estratégico. É como falar sobre a personalidade da empresa, seu comportamento e sua mentalidade.
Em outras palavras, é um fator que leva ao autoconhecimento da organização.
O que é Cultura Organizacional?
Vamos adotar aqui o conceito adotado por Idalberto Chiavenato, um dos autores mais respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos:
“Cultura Organizacional é o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhadas por todos os membros da organização. Ela se refere ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e que distingue uma organização das demais.” Chiavenato (2010)
Assim sendo, fazer o diagnóstico da cultura interna permite descobrir os limites e os desejos da empresa.
Uma cultura apropriada é aquela que consegue equilibrar as exigências e as limitações impostas pelo ambiente de negócios ao empreendimento.
Empresa ‘barco sem rumo’
Isso é o que acontece quando não se tem uma Cultura Organizacional alinhada e efetiva.
Comportamentos destrutivos prejudicam a produtividade, desgastam as pessoas e os seus relacionamentos.
Isso pode estar implícito, por exemplo, na interação entre gestores e colaboradores, e a falta de comunicação acaba afetando o clima, gerando um círculo vicioso.
Neste cenário, a empresa fica o tempo todo lidando com conflitos interpessoais, rotatividade de funcionários, ineficiência das lideranças, perda de prazos, queda na qualidade das entregas.
Inegavelmente, isso tudo somado repercute de maneira contrária na percepção do cliente, comprometendo também a imagem da empresa no mercado.
Cultura Interna Virtuosa
Toda empresa tem a sua cultura interna, mesmo que não exerça domínio sobre ela, portanto, a questão é identificá-la, sendo ruim e desorganizada ou não.
A partir daí, ações devem ser desenvolvidas para influenciar o ambiente empresarial, no sentido de realinhar os relacionamentos.
O objetivo é fazer com que certas características da cultura sejam amplificadas, através de comportamentos repetidos nas relações do dia a dia.
Dessa forma, constrói-se uma Cultura Organizacional virtuosa, ampliando atitudes construtivas e gerando mais produtividade com qualidade de vida.
O que levar em conta na hora de definir uma Cultura Organizacional?
Primeiramente, a empresa precisa analisar os fatores básicos que compõem a forma como ela se manifesta culturalmente na rotina de trabalho.
Exemplos: avaliar a capacidade de obter resultado, a maneira como os processos internos influenciam, as ações que orientam o comportamento dos colaboradores e identificar os acontecimentos recorrentes dentro da organização.
Essa investigação pode ser feita por meio de questionários, pesquisas, reuniões e entrevistas.
É fundamental ter em mente que a Cultura Organizacional de uma empresa é única e, portanto, compõe uma identidade exclusiva.
Os três pilares da Cultura Organizacional
O segundo passo é estruturar a Cultura Organizacional a partir dos dados levantados, definindo os conceitos de missão, visão e valores.
Nós sabemos que muitas empresas iniciam as suas atividades com base nessa formulação, porém, o que se observa é que, na prática, a aplicação não ocorre, confundindo os colaboradores e atrapalhando a estratégia e o crescimento do negócio.
Por isso, é essencial fazer um realinhamento desses conceitos para deixá-los mais claros, transparentes e inspiradores.
O propósito final desses conceitos é promover o engajamento dos colaboradores e comunicar ao mercado quais são os objetivos do negócio.
Como definir a Missão?
A Missão responde a seguinte questão: qual é a razão de seu negócio existir? Funciona como definir a sua identidade, a finalidade para a qual foi criado, jogando luz sobre a intenção da empresa. Desse modo, toda e qualquer decisão estratégica deve levá-la em consideração, direcionando as ações.
O que é a Visão?
Como o nome indica, é a visão de futuro do negócio e deve determinar aonde a empresa quer chegar. Não se trata de um sonho abstrato, ao contrário, a Visão deve fazer paralelo com a realidade, ser mensurável e realizável dentro de um prazo estabelecido, de acordo com os objetivos do negócio.
E os Valores, quais são?
Este é o pilar que orienta o comportamento dos colaboradores. Resume também os princípios da empresa, interna e externamente. Não são apenas crenças subjetivas, mas Valores absorvidos na prática diária, nas tomadas de decisão. É o modo de agir que reforça a credibilidade da empresa no mercado.
Vale ressaltar aqui um aspecto primordial: esses pilares não são definitivos e isso acontece porque as empresas evoluem e o mercado está em permanente processo de transformação. É natural que apareçam novas prioridades, ensejando novos objetivos.
Assim sendo, Missão, Visão e Valores devem ser atualizados de acordo com as mudanças que invariavelmente ocorrem com o passar do tempo.
Como o eNPS pode ajudar a fortalecer a Cultura Organizacional?
Uma das maneiras de acompanhar as mudanças é monitorar o nível de engajamento dos colaboradores.
O eNPS ou Employee Net Promoter Score é uma métrica e ferramenta nascida no Marketing, adaptada e incorporada pelo RH para medir o nível de satisfação dos funcionários, ou seja, se eles se sentem engajados o suficiente para recomendar a empresa para lugares e pessoas em seu círculo pessoal, social e profissional.
Desta forma, você pode usar o eNPS para descobrir o nível de recomendação da organização por seus colaboradores.
Para saber mais sobre esse assunto, você pode ler o artigo “eNPS: o que é, qual a importância e como calcular”.
Como monitorar as mudanças?
Resumidamente, trata-se de submeter o time à seguinte pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria a empresa na qual trabalha para um amigo ou conhecido?”
Ela fornece um resultado de fácil leitura das tendências de comportamento num determinado período, além de gerar taxas de respostas mais altas do que em pesquisas complexas.
Esse indicador é um dos termômetros para aferir o grau de absorção da Cultura Organizacional pelos colaboradores.
Para que a Cultura Organizacional seja forte e duradoura, ela precisa comportar um certo nível de flexibilidade e adaptabilidade.
Mantenha a comunicação aberta
Por fim, para ter uma Cultura Organizacional forte e flexível, é vital manter canais de comunicação sempre abertos para transmiti-la à equipe.
O intuito é fazer com que todos possam compartilhar dos mesmos princípios.
Para conquistar a admiração e o comprometimento é imprescindível que a comunicação seja bilateral, alcançando a todos, independentemente de cargos, permitindo a interação e o feedback.
Essa estratégia estimula a participação na medida em que se torna rotineira. Uma boa maneira de fazer isso é utilizando ferramentas tecnológicas de uso intuitivo e que concentram boa parte das atividades diárias dos colaboradores.
Plataformas como a Ponto Icarus são ideais para manter o time ativo e unido, principalmente no caso do trabalho remoto. Com ela, é possível fazer Enquetes e aplicar a metodologia eNPS regularmente para administrar bem os pilares da Cultura Organizacional da empresa.
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Esperamos você.